domingo, 14 de outubro de 2012


Um professor, uma mulher e uma flor


A Terceira Guerra Mundial, como todos sabem, trouxe o colapso da civilização.

Megalópoles, cidades, vilas e aldeias foram destruídas e até mesmo o campo foi devastado pelas granadas atômicas. A maior parte das pessoas morreu e os poucos sobreviventes, aturdidos, perderam os estímulos para a vida e os resquícios da auto-estima. O trabalho foi abandonado, os animais sobreviventes caíram sobre o que restava de alimento e a fome se abateu sobre as ruínas. Pior que isso: sobrava a desilusão e o fim de toda forma de esperança.

Um dia, uma jovem, que nunca havia visto uma flor, descobriu a última, que nascera entre os escombros. Encantou-se e buscou cúmplices para descobrirem estratégias para fazê-la sobreviver. Passou por muitos, mas não encontrou ninguém. Quando, desiludida, voltava à sua flor, encontrou um jovem professor que se interessou por sua história.

Juntos, foram até a última flor. Com infinita paciência e renovados pela ternura, construíram toscos meios para protegê-la dos resíduos químicos e dos animais famintos. A pequena flor sobreviveu e transformou-se em sementes; ao seu lado, surgiram outras flores e, depois, mais outras. Após algum tempo, um canteiro florido recobria, como uma ilha, o espaço desolado. A jovem fez-se aluna e começou a se interessar por sua aparência e o rapaz assumiu sua missão de mestre e aprendeu a cuidar-se. Construíram um abrigo ao lado do canteiro e, aos poucos, outras pessoas descobriram beleza no singelo espaço. Surgiu uma escola e, de suas aulas, uma vila. Foram criadas novas profissões. A alegria e a esperança voltaram a reinar entre os homens.

A cidade foi reconstruída em torno da escola e do canteiro, e as lições e as flores passaram a expressar seus símbolos. Logo, poetas, agricultores, cantores, naturalistas, músicos, mímicos, malabaristas adotaram a cidade. Líderes, também líderes. As pessoas que viviam nas planícies passaram a reclamar direitos sobre as colinas; e os moradores destas, a lutar pela posse da planície. Surgiram guerreiros, sargentos, políticos, lutadores, comandantes e matadores.

A guerra tornou-se inevitável e desta vez a destruição nada deixou sobre os escombros.

Nada restou, apenas um professor, sua aluna e uma flor.

Esta bela parábola foi adaptada de um monólogo de Bertold Brecht. Ensina que um professor e seus alunos constituem o símbolo da reconstrução e a singela flor da esperança.


Feliz dia aos nossos amigos Professores que com muito trabalho e dedicação são responsáveis pelo passado, presente e futuro de toda a sociedade.

Parabéns também aos Técnicos Administrativos da Educação que participam ativamente  no processo de ensino aprendizagem seja dentro ou fora de sala de aula, garantindo que nossa instituição caminhe com qualidade.

Parabéns Servidores do IFRO!

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