RELATO SOBRE A REUNIÃO COM O MEC |
Em reunião entre
SINASEFE e o Ministro da Educação Aluizio Mercadante, ocorrida no dia 12
de junho, indagou-se o Ministério sobre a falta de diálogo por parte do
governo com os grevistas e a necessidade de resolver tal situação. O
Sinasefe ressaltou o fato da aprovação da MP 568, apesar de terem sido
retiradas as alterações no pagamento da insalubridade e periculosidade,
manter injustiças como a não inclusão dos colégios militares na carreira
do EBTT e dos técnicos dessas instituições no PCCTAE.
O ministro afirmou,
diante das indagações, que o governo não apresenta margem fiscal para
atender os pleitos da categoria, não acena para grandes benefícios,
ainda que tenha como prioridade a saúde, educação, ciência e tecnologia.
Salientou ainda que a prioridade imediata é resolver a questão dos
docentes, restando a missão de convencer a Fazenda, o Tesouro e o
Planejamento de que a situação dos TAE também é uma prioridade.
“O piso salarial
dos técnicos-administrativos é o mais baixo dentro do funcionalismo
público federal e essa situação, por si só, já demonstra o quão
necessária é a priorização.” argumentou o coordenador Geral Gutenberg
Almeida. Foram colocadas também as diferenças existentes entre a os
vencimentos dos TAE de nível superior e médio dentro da carreira,
ressaltando a quebra de linearidade ocorrida a partir de 2008. O
Ministro contrapôs a necessidade de elencar prioridades dentro das
reivindicações do movimento, solicitando a elaboração de um estudo
detalhado sobre as perdas salariais ocorridas nos últimos 10 anos para
que o mesmo tenha argumentos substanciais para pleitear junto à Fazenda e
ao Planejamento as demandas referentes aos TAE.
Mercadante
salientou que, diante da proposta a ser colocada na mesa de negociação
hoje junto ao MPOG, a carreira do magistério estará resolvida. Lembrou
ainda que o Governo, ao assumir a presidência do Mercosul, fará um
grande empenho para o reconhecimento dos títulos do MERCOSUL, por ser
esse assunto uma questão educacional e não política, abordando o
princípio de reciprocidade e da qualidade dos cursos.
Aproveitando a
presença do Secretário da SETEC, Marco Antônio Oliveira, o sindicato
reivindicou sua participação ativa nas decisões que tratam da expansão
da rede, diante da forma com que essa vem sendo conduzida. O SINASEFE
levantou ainda o absurdo do fato de uma entidade representativa dos
trabalhadores não ter assento nos Conselhos Superiores em detrimento das
centrais sindicais, alegando que essas estão muito distantes da
realidade dos Institutos. O Ministro se comprometeu, conjuntamente com o
secretário, a analisar a questão da representação sindical nos
Conselhos Superiores.
Por
fim, a Coordenação Geral do SINASEFE afirmou categoricamente que,
apresentar uma proposta apenas aos docentes não resolverá a situação.
Exigimos que se abra um canal de negociação para discutir a situação dos
técnicos-administrativos e que só apontaremos para a saída da greve
quando as reivindicações dos técnicos forem atendidas.
COMANDO NACIONAL GREVE
SINASEFE
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