Grevistas fecharam a entrada principal e a garagem do prédio
Servidores
de vários setores do serviço público em greve ocuparam na manhã desta
quinta-feira o prédio sede do Ministério do Planejamento, em Brasília.
Os
trabalhadores grevistas ficaram acampados no canteiro central da
Esplanada dos Ministérios desde segunda-feira (16). Os servidores
pediram o reinício das negociações com o governo e uma reunião com a
ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para discutir as principais
reivindicações da categoria: reestruturação do plano de carreira e
melhores condições de trabalho.
Para
o Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação
Profissional os servidores federais querem uma reestruturação no plano
de carreira, condições melhores de trabalho e reajuste salarial. “A
ministra Mirian Belchior disse que os países europeus estão passando por
uma crise terrível e que o Brasil estaria andando na contra mão se
desse aumento para os servidores. Quando os outros países estão bem, o
negócio é com eles lá fora, e quando estão mal querem trazer os
problemas deles para o nosso país?”, disse David Lobão, coordenador-geral do SINASEFE.
O
Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para
2013, que prevê a meta de superávit primário (reserva de recursos para o
pagamento da dívida) de R$ 155,9 bilhões para a União, Estados e
Municípios. O mais grave é que a meta anunciada para esse superávit é 3
vezes superior ao gasto anual com Educação e o seu efeito alcança quase
R$ 1 trilhão, ou seja, cerca da metade do Orçamento Geral da União. Isso
porque as receitas não primárias serão destinadas diretamente para o
pagamento da dívida pública, hoje em torno de 47,19% do orçamento.
A
proposta já destinou R$ 1,014 trilhão aos bancos para pagamento de
juros e amortizações da dívida pública. Enquanto isso, a previsão
orçamentária em 2012 destina, somente, 18,22% dos recursos para a
Previdência Social, 3,98% para a saúde, 3,18% para a Educação e 0,25%
para a Reforma Agrária.
O
governo precisa mostrar os números reais e não tabelas fabricadas que
visam confundir os servidores e principalmente a sociedade.
COMANDO NACIONAL DE GREVE
SINASEFE
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