IFRO AMEAÇA GREVE A PARTIR DESTA QUARTA | |
11/6/2012 - 10:33 - ( Cotidiano )
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Acompanhando o movimento nacional de greve das universidades federais que já estão paradas há quase um mês, o Instituto Federal de Rondônia – IFRO anunciou a paralisação das atividades, a partir desta quarta-feira (13). O movimento grevista deve acontecer em todos os institutos federais do país.
Foto: Eliênio Nascimento/Ag. Imagem News
Em carta aberta à população, os servidores do IFRO, alegam que o projeto do governo para a expansão da Rede Federal de Ensino vem acompanhado de uma crescente precarização das condições de trabalho, como falta de pessoal, aumento de vagas sem o devido aumento da estrutura física das salas de aulas, laboratórios e recursos materiais, situação esta que interfere negativamente nas relações institucionais.
Confira na integra:
SINASEFE – SEÇÃO SINDICAL PORTO VELHO/RO
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE PORTO-VELHO
SERVIDORES DO IFRO EM PORTO VELHO
Para garantir que o ensino público seja de qualidade e referenciado nas demandas da sociedade, é necessário que a política educacional do governo esteja voltada para a valorização dos trabalhadores da educação, com a implementação de um plano de carreira e condições de trabalho dignas.
Infelizmente não é esta a realidade que vivem os trabalhadores da Rede Federal de Educação, que envolve as Universidades Federais, os Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica, os CEFET, as Escolas Militares, os Colégios de Aplicação, o Colégio Pedro II e as Escolas Técnicas vinculadas às Universidades.
O principal demandante das políticas públicas do Estado é a parcela da população que historicamente não tem acesso à educação, saúde, transporte, saneamento, entre outros direitos sociais básicos. Particularmente nas políticas de educação, o projeto do governo para a expansão da Rede Federal de Ensino vem acompanhado de uma crescente precarização das condições de trabalho, como falta de pessoal, aumento de vagas sem o devido aumento da estrutura física das salas de aulas, laboratórios e recursos materiais, situação esta que interfere negativamente nas relações institucionais.
Dentro dessa política do governo, está presente uma desestruturação das carreiras do Magistério Superior, da Educação Básica, Técnica e Tecnológica e da carreira dos Técnicos Administrativos, causando a estagnação dos profissionais. Além disso, o achatamento salarial dos trabalhadores da educação federal é flagrante quando comparados com outras carreiras do serviço público federal.
Neste momento, as negociações com o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento encontram-se em compasso de espera pela inexistência de propostas concretas para a pauta de reivindicações protocoladas pelo ANDES-SN e SINASEFE. Este impasse levou à deflagração da greve dos professores federais da base do ANDES-SN (Universidades) no último dia 17 de maio, indicativo de greve da FASUBRA entidade representativa dos Técnicos Adm. Universidades a partir do dia 11 junho e a greve nacional a partir do dia 13 de junho dos trabalhadores da base do SINASEFE (Institutos Federais de educação).
Em assembleia realizada no dia 23/06/2012, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Porto Velho, os Professores e Técnicos Administrativos do Campus Porto Velho e da Reitoria decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir do dia 13 de junho de 2012 no Campus Porto Velho e a partir do dia 14 de junho na Reitoria, no intuito de junto com as Universidades e Institutos Federais Brasil a fora, somar forças e chamar a atenção do governo e da sociedade brasileira para as reivindicações abaixo elencadas:
1. Reestruturação das carreiras Docente e PCCTAE;
2. por uma política salarial permanente (reajuste 22.08%, data-base, recomposição das perdas anuais);
3. Democracia nos institutos e melhoria das relações e condições de trabalho;
4. Modificações na MP 568/2012 (adicionais de periculosidade e/ou insalubridade, salários dos(as) médicos(as), extensão 4% para docentes das IFE Militares e dos ex-Territórios Federais, dentre outros);
5. 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública;
6. Jornada de Trabalho de 30hs semanais TAE: Publicação de Orientação para todos os Reitores com vistas à implantação das 30 horas semanais previstas no Decreto Presidencial 1.590/95 e na Portaria 1497/MEC onde orienta a implantação dessa carga horária para os Servidores do Ministério da Educação;
7. Cumprimento, por parte do governo, dos acordos e protocolo de intenções firmadas;
8. Contra qualquer reforma que retire direitos dos(as) trabalhadores(as);
9. Retirada dos PL, MP, Decretos contrários aos interesses dos(as) servidores(as) públicos(as) (PL 549/09, PL 248/98, PL 92/07, PL 1992/07 e demais proposições); supressão do artigo 78, da LDO, que define o prazo de até 31/8, para encaminhar projetos de lei que reestruturam carreira e concedem qualquer tipo de reajuste aos(às) trabalhadores(as); supressão dos artigos 86 e 87 que tratam da mudança do cálculos dos adicionais de insalubridade e/ou periculosidade, no PL 2203/11;
10. Contra qualquer forma de assédio moral;
11. Abertura de novos concursos para a contratação de mais professores;
12. Melhoria da qualidade no processo de expansão dos Institutos Federais;
13. Pela manutenção e ampliação de Concursos Públicos para Docentes e Técnicos Administrativos em Educação da Nossa Rede;
14. Contra a precarização da função Docente com o estabelecimento dos contratos temporários em substituição aos Professores/as Substitutos e para ocupação de vagas ociosas de Docentes do Quadro Permanente das Instituições Federais de Ensino;
SINASEFE Seção Sindical Porto Velho/RO
DIRETORIA EXECUTIVA
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Saiu na imprensa regional nossa greve
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